domingo, 17 de novembro de 2024

 No Sábado , Crisma ; no Domingo , ENEM

Neste sábado, minha filha Ana Lis , recebeu o Sacramento do Crisma , a Confirmação do Batismo pelo Espírito Santo. E no Domingo , enfrentou com alma leve e em paz, o Exame Nacional do Ensino Médio ( ENEM ) .
Quem de boa vontade carrega o difícil,
Supera também o menos difícil.
Quem sempre conserva a quietude
É senhor também da inquietude.
Por isto , o sábio carrega de boa mente
O fardo da sua jornada terreal .
Nunca se deixa iludir
Por deslumbrantes perspectivas .
Trilha com tranquila dignidade
O seu solitário caminho .
Inteligente é quem outros conhece ;
Sapiente é quem se conhece a si mesmo.
Forte é quem outros vence ;
Poderoso é quem se domina a si mesmo .
Ativo é quem muito trabalha,
Rico é quem vive contente .
Firme é quem vive em seu posto ,
Eterno é quem supera a morte .
O incompleto, será completado
O curso , endireitado
O Vazio, preenchido
O gasto , renovado
O insuficiente , aumentado
O excessivo , dissipado.
É por essa razão que o sábio abraça a Unidade
Tomando- a por modelo do Universo.
O Livro do Caminho Perfeito ( Lao Tsé ).
Senhor , obrigado por este dia que colocas à minha disposição ! É uma oportunidade para eu crescer , ser mais gente .
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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

 João Brígido - Paladino da Imprensa do Ceará

João Brígido dos Santos ( 1829 - 1921 ) : jornalista , cronista , historiador e político, atuante como articulista combativo na imprensa cearense . Em 1903 , funda o jornal " O Unitário ", uma trincheira onde terçava armas com adversários reais ou imaginários feito um Quixote matuto .
No dia 20 de maio de 1903 , pública com sua marca registrada a crônica : " O Ferreiro da Maldição " .
" O Ceará é o Ferreiro maldito, de quem fala a lenda popular : quando tem ferro , falta carvão. É nadador contra a corrente , que nunca chega ; o caranguejo que anda e desanda ; o eco a repetir a pergunta sem lhe dar resposta ; o nó sem ponta ; o sonho que promete em sombras que não se distinguem bem, a vaga esperança, enfim , para a qual nunca chega o dia .
Há cem anos , um povo gigante , a mover - se, não adianta um passo , como frágil esquife sobre as ondas , que a corrente impele , e o vento faz recuar . Não lhe falta alma . São os deuses , que a condenam à pena de Tântalo - morrer de sede à beira do regato .Os diretores mentais do Ceará morreram ou foram longe procurar um teatro para exibição de sua intelectualidade; e crestam na penúria os rebentos da capacidade cearense, a disputarem um pouco de ar , que aliás lhe mata o estímulo; o ar mefítico das baixas regiões oficiais...
Que seja para os netos de nossos netos , não importa . O mundo não é tão curto , que acabe em nós; e cem anos na ordem dos tempos, é muito menos de um til nos lábios " .
Desde então , de 1903 até os dias hodiernos , o perfil do Ceará pouco mudou , e de resto , o Brasil segue a mesma sina , como a cantiga da perua : " É de pior a pior , é de pior a pior, a cantiga da perua é uma só " .
Quanta falta nos faz , um gladiador da estirpe de um João Brígido !
Ponto Final !
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Jarina Marcia Soares e Elmar Pereira

domingo, 27 de outubro de 2024

 Belchior , Parabéns : Festa no Empíreo

Antônio Carlos Belchior Fontenele Fernandes , veio ao mundo no dia 26 de outubro de 1946 , no município de Sobral , no Ceará . Teve uma infância tranquila em sua cidade natal , e migrou , como muitos deste torrão, para a capital do estado , Fortaleza , no ano de 1962 . Estudou Filosofia e Humanidades , e em 1968 , foi aprovado no rigoroso vestibular de medicina da Universidade Federal do Ceará. Sua redação da prova eliminatória de Português pontuou nota máxima , numa interpretação sobre o poema " Telha de Vidro ", da querida cearense Rachel de Queiroz .
Em 1971, Belchior migra para o Sul Maravilha , onde tece uma rica carreira artística, como cantor e compositor , deixando para trás seus estudos de medicina . A partir de então, lançou quase que anualmente um disco no mercado , com letras bem elaboradas , e com temática envolvendo a inquietação da juventude , a saudade de sua terra natal, e sobre o cotidiano . Um exemplo claro : " A Divina Comédia Humana" .
"Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol / quando você entrou em mim , como um sol no quintal/ aí um analista amigo meu disse que desse jeito / não vou ser feliz direito / porque o amor é uma coisa mais profunda que uma transa sensual / deixando a profundidade de lado / ah ! eu quero é ficar colado à pele dela noite e dia / fazendo tudo e de novo dizendo sim à paixão/ morando na filosofia / quero gozar no seu céu , mas pode ser no seu inferno/ viver a divina comédia humana onde nada é eterno/ ora direis ouvir estrelas , certo perdeste o senso/ e eu vos direi no entanto/ enquanto houver espaço, corpo , tempo e algum modo de dizer não, eu canto " .
E , hoje no Empíreo , no lugar reservado aos bem - aventurados , Belchior segue nos iluminando com sua genial sabedoria.
Parabéns , grande poeta e menestrel !
A foto que ilustra a crônica mostra Belchior recebendo uma honrosa homenagem : Professor Honoris Causa , da UVA ( Universidade Vale do Acaraú) do Ceará.
"
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sábado, 12 de outubro de 2024

 Uma Volta ao Passado : Um Mar de Saudades

Rua Rodrigues Junior , Rua Pero Coelho, Avenida Heráclito Graça, Avenida Dom Manoel : um quadrilátero mágico. Meu berço Natal, meu maravilhoso mundo da primeira infância e juventude . Com limites bem definidos , mágico pomar de lembranças , de onde nunca saí, mesmo rolando ao longo da vida na poeira de outros chãos. Lugar onde enterrei meu umbigo , para sempre .
Uma parteira , Dona Bárbara, me acolheu numa madrugada fria , na sala de uma modesta casa , na rua Rodrigues Junior, 986, no dia 5 de janeiro de 1949 . Eu representava o último rebento do casal Jurema e José Eleutério. Meus outros irmãos: Rita , Stela , Diana e Eleutério Neto . Num castelo de tom amarelo, defronte a minha residência, vivia um Rei , Luizão , Primeiro e Único , da folia de Momo. Vizinho , uma mercearia do Sr. Cavalcante . Um pouco mais adiante , morava , a Dona Amélia e o Sr. Sebastião, com os filhos : Terezinha de Jesus , Terezinha de Maria , Tereza , e Tarcísio. Logo depois , o Sr. Ernani e D. Altair , um casal sem filhos .
Um pouco mais adiante , a casa da D. Alice com os filhos : Neuma, Neide , Nilton, Nilson e , Nelson . Ali morava , também, um delegado de polícia, Sr. Oliveira , pai do Celio ,que montado um garboso cavalo, parecia um perfeito Roy Rogers . Na esquina com a Av. Dom Manoel, habitava a Sra. Francina , dona da maioria dos imóveis da área. Ali também habitava a família da Dona Cora , com os filhos : João, Deca , Rosa e , Goreti. E o casal , Sr. Morais e Dona Maria , com os filhos Haroldo, Heleno e , Carlos Alberto .
Na Rua Pero Coelho, também pontuava o casal Manoel Cândido e Dona Di , com os filhos : Manfrido , Manfredo , e Maria José.
Nesta viagem ao passado, carrego no peito , " os maiores " :
Duaran, Babá, Newton , Nilson , João , Paulo , Abner , Tarcísio, Neto , Deca , Manfredo , Manfrido , Helder , Carlos Alberto , Walton, e outros .
As " Queridas Meninas " :
Neuma, Neide , Norma , Zélia, Dolores , Stela , Diana , Rita , Maria , Zita, Olga , Tereza , Valdenúzia , Ruth , Rocilda , Rocicler , Roseli , Cristina , Rosa , Gorete , Denise e outras .
Os " Menores :
Nelson , Gato , Nego, Tico - Dé , Jonas , Célio, Haroldo, Zé da Maroca, Murilo , Heleno , Manfredo , Chiá, e , Chico Barrão.
Ah ! Saudade matadeira ! :
" Eu daria tudo que tivesse / pra voltar aos tempos de criança/ eu não sei pra que que a gente cresce/ se não sai da gente essa lembrança/ aos domingos, missa na matriz/ da cidadezinha onde eu nasci/ ai, meu Deus, eu era tão feliz/ no meu pequenino Miraí/ que saudade da professorinha/ que me ensinou o bê- a- bá / onde andará Mariazinha/ meu primeiro amor , onde andará? / eu igual a toda meninada / quanta travessura que eu fazia / jogo de botões sobre a calçada/ eu era feliz e não sabia " ( Canção de Ataulfo Alves) .
Ponto Final !
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